Quem somos?

O Observatório dos Povos Indígenas de Goiás (OPIG) é uma iniciativa vinculada ao Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (MA/UFG), em parceria com o Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos (PPGIDH/UFG), a Fundação RTVE e o Ministério da Educação (MEC/SESU).

A ação é voltada à proteção, promoção e valorização dos direitos humanos das populações indígenas do estado. O projeto surge da necessidade de reunir esforços acadêmicos, comunitários e institucionais para monitorar, documentar e fortalecer as ações em defesa dos povos indígenas que habitam o território goiano, em especial os Iny Karajá, Tapuia e Ãwa-Canoeiro.

Mais do que um espaço de pesquisa, o Observatório é um elo entre as comunidades indígenas, o poder público e a sociedade civil, construído com base no respeito, na escuta e no diálogo intercultural. Seu propósito é contribuir para que os direitos garantidos na Constituição Federal e em convenções internacionais sejam efetivamente reconhecidos, aplicados e respeitados, assegurando às comunidades indígenas condições dignas de vida, autonomia e visibilidade.

O OPIG também compreende a importância dos saberes tradicionais e das expressões culturais dos povos do Cerrado. Ao valorizar os modos próprios de vida, o projeto busca fortalecer a identidade e a resistência dessas comunidades diante das transformações sociais e ambientais que ameaçam seus territórios e modos de existência.

O Observatório atua como um espaço de pesquisa, extensão e produção colaborativa de conhecimento voltado à transformação social. A plataforma digital reúne informações sobre território, educação, saúde, infância, cultura e outras dimensões essenciais à vida dos povos indígenas, tornando-se um instrumento de visibilidade e fortalecimento dessas comunidades. Além de disponibilizar dados e registros atualizados, o ambiente serve também como um canal seguro para a comunicação e denúncia de violações de direitos humanos, garantindo que as próprias comunidades possam participar ativamente da defesa de seus direitos e do acompanhamento das ações públicas que lhes dizem respeito.

O OPIG se estrutura, portanto, como um espaço de escuta e ação comprometido com a justiça social, a equidade e o fortalecimento das identidades indígenas, reafirmando o papel da universidade pública como agente de inclusão, defesa dos direitos humanos e valorização da diversidade sociocultural brasileira.

Nossos objetivos

O Observatório dos Povos Indígenas de Goiás tem como objetivo central monitorar, documentar e promover os direitos humanos das populações indígenas do estado, contribuindo para a visibilidade, a proteção e o fortalecimento das comunidades Iny Karajá, Tapuia e Ãwa-Canoeiro. Para alcançar esse propósito, o projeto estabelece metas específicas que articulam pesquisa, ação comunitária e incidência política:

- Monitorar a situação dos direitos humanos das populações indígenas, identificando casos de violações e avanços na implementação de políticas públicas.

- Documentar e registrar informações sobre temas fundamentais — como território, educação, saúde, infância, cultura e meio ambiente — criando um acervo acessível e confiável sobre as condições de vida e os desafios enfrentados pelas comunidades.

- Denunciar e acompanhar casos de violações de direitos, incluindo situações de discriminação, violência, desapropriação de terras e negligência institucional.

- Promover ações de defesa e incidência pública, articulando parcerias com órgãos públicos, universidades, organizações da sociedade civil e organismos internacionais para fortalecer a proteção jurídica e social dos povos indígenas.

- Estimular a conscientização e a educação em direitos humanos, por meio de campanhas, oficinas e materiais educativos que promovam o respeito à diversidade e o combate ao preconceito.

- Oferecer apoio jurídico e técnico às comunidades em casos de violação de direitos, favorecendo o acesso à justiça e o empoderamento das lideranças locais.

Ao reunir dados, promover o diálogo intercultural e fortalecer as redes de solidariedade, o Observatório busca criar condições para que as próprias comunidades indígenas possam exercer sua autodeterminação e participar ativamente da construção de políticas e práticas que lhes dizem respeito.

Assim, o OPIG se consolida como uma ferramenta de transformação e resistência, contribuindo para um futuro em que os povos indígenas de Goiás sejam plenamente reconhecidos em seus direitos, valorizados em seus saberes e respeitados em sua diversidade.